A inovação tecnológica trouxe ao mundo novas iniciativas empreendedoras, muitas de custo operacional relativamente baixo, que desenvolvem produtos e serviços otimizados e que competem com o domínio de empresas tradicionais e de enorme capital.
As “fintechs” são exemplos disso. O modelo inovador de negócios – nomeado pela junção das palavras financial e tecnology – forma uma nova indústria ao melhorar todo um conjunto de atividades e serviços voltados para o setor financeiro.
Não por acaso, o mercado de fintechs no Brasil está cada vez mais aquecido e atraindo capital de investidores atentos ao potencial dessas startups no País. Prova disso são os aportes de investimento no setor, que ultrapassaram R$ 2,5 bilhões em 2019 e já chegaram a R$ 1,4 bilhão no primeiro semestre deste ano.
Exemplo capixaba
No Espírito Santo, novas fintechs começam a chamar a atenção de grupos de investidores. A startup Manda Pro Financeiro, que atende a micro e pequenos negócios, anunciou este ano um aporte de R$ 400 mil realizado por investidores da rede da Anjos do Brasil, ONG de fomento ao investimento-anjo e apoio ao empreendedorismo de inovação.
Com o recurso, a empresa capixaba pretende desenvolver formas de integração ainda maiores com os contadores. O objetivo é fazer com que os clientes empreendedores percam menos tempo enviando documentos ou respondendo a questões sobre o fluxo de caixa e notas fiscais.
De acordo com Zé Correa, um dos sócios da startup, o Espírito Santo conta com um ambiente propício para o desenvolvimento deste novo modelo de negócio. Ele menciona a fintech Unit como nova possibilidade de sucesso.

Aqui no ES temos um ambiente muito propício para o nascimento de startups. Já temos duas grandes iniciativas, que são o Pic Pay e o WillBank (antigo Pag!) e outras vêm crescendo rapidamente. Uma delas é a Unit.
Recursos governamentais
O secretário estadual de Desenvolvimento, Tyago Hoffmann, responsável pelas áreas de Ciência e Tecnologia, reforça a ideia de que há um ambiente favorável no ES. Hoffmann diz que o estado oferece recursos, em alguns casos a fundo perdido, em outros por meio de financiamento do Bandes. Ele também acrescenta que o ES possui uma rede de relações que facilita a criação deste ambiente.

Nós temos aqui uma cena muito bem criada e uma teia de relações institucionais que gera essa ambiência favorável para os negócios relacionados com as startups.
Outras fintechs capixabas têm obtido êxito e expandindo seus negócios, como a Meu Pag!, a Coover (que no ano passado recebeu investimento da Zurich, gigante do setor de seguros) e a mais famosa no Brasil, a PicPay.