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    Editorial

    Na Idade Mídia, a guerra também é digital

    Por Redação WHPPR14 de março de 2022Leitura de 6 minutos
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    Compartilhamento de dados, comportamento, política — e poder. A Revolução Digital transformou não apenas a comunicação global, mas também todos os diferentes aspectos inerentes à civilização humana. É o que o publicitário e empreendedor Walter Longo chama de Idade Mídia: marcada pela chegada da geração Alpha, que nasce em um mundo repleto de tecnologias, Longo defende que os impactos do big data na comunicação inauguraram uma nova era, baseada no excesso de informações e também na personalização das experiências em rede. 

    A chegada da Idade Mídia também apresenta reflexos em um dos mais antigos, tristes e preocupantes eventos da nossa civilização: a guerra. Em 24 de fevereiro, a invasão russa à Ucrânia chocou o mundo e levantou debates sobre o poder da mídia digital em um contexto de ameaça militar: civis ucranianos utilizam as redes para cobrir a ofensiva, solicitar socorro e mostrar ao mundo seu nacionalismo. Fora do campo de combate, usuários de todo o planeta buscam formas de demonstrar apoio e enviar ajuda aos refugiados. Nas redes, a guerra também é digital e envolve todo o mundo. 


    Cada vez mais conectados, todos somos hoje agentes de mídia com ampla capacidade de gerar e compartilhar informações, moldar opiniões e influenciar a sociedade”
    Walter Longo

    Mas Facebook, Twitter, Instagram, Amazon, TikTok, Youtube e Google, as principais plataformas de comunicação e comércio digitais ao redor do mundo, são empresas privadas e, como tais, não são neutras. Usam de suas regras – ou da quebra delas – para definir o que permanece no ar e o que é retirado, o que ganha alcance e o que tem monetização. As big techs são, hoje, editoras da realidade. Uma realidade que atenda aos interesses do momento, que, no caso da guerra Rússia x Ucrânia, é pressionar a Rússia para dar fim à invasão.

    O posicionamento contrário à Rússia pode ser percebido em medidas como o Facebook permitir, temporariamente, que o Batalhão Azov – grupo extremista paramilitar ucraniano considerado uma organização perigosa e banido do Facebook desde 2019 – receba elogios na rede social.

    Para tentar coibir a desinformação, as principais big techs tomaram medidas contra os veículos estatais russos RT e Sputnik: o Google interrompeu a monetização e removeu os veículos das primeiras páginas de seus serviços de notícias; a Meta restringiu RT e Sputnik na Europa e desmonetizou os canais em todo o mundo; e o TikTok os deixou inacessíveis na Europa. Além disso, o Twitter cancelou os anúncios relacionados à Rússia e à Ucrânia e a Apple suspendeu a venda de seus produtos na Rússia.

    Estas não foram as únicas restrições digitais impostas por organizações contrárias à guerra. Outras empresas, como YouTube, Spotify, Microsoft e Netflix, anunciaram medidas contra a Rússia e, segundo emissoras internacionais, a resposta russa ocorreu através do derrubamento de algumas plataformas e limitação do acesso da população.


    Governo russo restringe acesso da população às redes sociais

    No último dia 4 de março, cerca de 10 dias após o início da invasão, o presidente Vladimir Putin determinou o banimento do Twitter e do Facebook do território russo, além de assinar uma lei que torna crime a propagação de “notícias falsas” sobre as forças armadas. De acordo com Maggie Smith, professora de políticas públicas da Academia Militar de West Point, nos Estados Unidos, a desinformação é usada pela Rússia como forma de gerar apoio ao conflito, criando narrativas que rotulam a ofensiva militar como uma operação de pacificação e liberdade.

    A decisão foi anunciada através de um comunicado do Roskomnadzor (Serviço Federal de Supervisão de Comunicações, Tecnologia da Informação e Meios de Comunicação de Massa da Rússia), com a justificativa que “desde outubro de 2020, 26 casos de discriminação contra a mídia russa e recursos de informação pelo Facebook foram registrados”.

    O governo russo também bloqueou o acesso da população à imprensa global, restringindo sites de veículos internacionais como BBC e Deutsche Welle.


    Guerra híbrida

    No confronto direto entre Rússia e Ucrânia, a guerra digital já vem ocorrendo desde 2014, com uma ofensiva online russa para desestabilizar o governo e as organizações públicas e privadas da Ucrânia, incluindo esforços de desinformação, ataques a infraestruturas e operações envolvendo o roubo de dados e busca por materiais sigilosos.

    A guerra híbrida combina elementos bélicos clássicos, como invasão com tropas e tanques, às estratégias cibernéticas, que têm o objetivo principal de desestabilizar governo e população.

    Um exemplo é o NotPetya, de 2017, considerado o maior ataque cibernético da história, promovido por hackers ligados ao setor de inteligência do governo russo, que afetou, entre outros, a companhia nacional de energia da Ucrânia e o principal aeroporto do país, além do sistema de monitoramento de radiação em Chernobyl, que ficou desativado por horas.

    Este ano, após a invasão, as táticas hackers mais frequentes têm o objetivo de desestabilizar a população e provocar pânico, como o uso de robôs nas redes sociais para propagar falsas denúncias de bombas e o envio em massa de mensagens SMS aos celulares ucranianos informando que todos os caixas eletrônicos no país estavam inoperantes para saque – o que era falso.

    Além do efeito psicológico, há o risco de danos à infraestrutura digital, como o uso de software data wiper, que infecta e apaga bancos de dados e pode causar sérios problemas se afetar, por exemplo, as forças militares.

    Nathaniel Gleicher, diretor de política de segurança da Meta, informou que as plataformas do Facebook e outras empresas estão sofrendo sucessivas tentativas de ataques na Ucrânia e destacou medidas de segurança que devem ser adotadas especialmente por militares, figuras públicas e jornalistas, como autenticação em dois fatores em todas as redes sociais e e-mails profissionais ou pessoais, e não utilizar a mesma senha para diferentes contas.


    Solidariedade online

    O meio digital tem sido arma não só de ataque ou pressão, mas também de solidariedade. Usuários do AirBNB estão usando a plataforma como meio de enviar recursos para a população das cidades ucranianas mais atingidas pela ofensiva russa. A ideia é alugar quartos na Ucrânia e enviar aos anfitriões uma assistência financeira imediata.

    Milhares de usuários já aderiram à ação e o AirBNB anunciou que pausou temporariamente a cobrança de taxas para os aluguéis no país, revertendo o dinheiro integralmente aos hosts ucranianos. Outra medida da companhia foi disponibilizar milhares de casas cadastradas nas regiões que estão recebendo os refugiados para abrigá-los gratuitamente. Os hosts em países como Alemanha, Polônia, Hungria e Romênia que podem abrigar um refugiado devem acessar a página airbnb.org/get-involved.

    As armas digitais podem tanto fazer vítimas quanto socorrê-las. A diferença dessa guerra é que qualquer pessoa que tenha um celular conectado à internet está no front, mesmo que a milhares de quilômetros de distância da região de confronto. E em uma batalha, não se deve confiar de olhos fechados em nada. Notícias podem ser falsas, posts de cidadãos comuns podem se moderados pelas redes sociais, empresas podem ter lados, governos têm interesses. Na guerra, o campo digital é minado. Cuidado onde pisa.

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