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    Futuro do veganismo: para crianças, animais não são comida

    Por João Vitor Castro10 de maio de 2022Leitura de 5 minutos
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    O que diferencia os cachorros das vacas? E os gatos das galinhas? Para a maioria dos adultos, os primeiros são animais para serem cuidados e os segundos para servirem de alimento. Já para as crianças, não há tanta diferença. É o que aponta uma pesquisa da Universidade de Exeter, do Reino Unido, publicada pelo jornal Social Psychological and Personality Science.

    Segundo o estudo, crianças abaixo de 11 anos de idade são menos propensas a separar os animais entre pets e comida. Para os pequenos, não existe na natureza uma “hierarquia moral” que defina o valor de um animal devido à sua espécie. Elas também sentem que todos os animais merecem ser mais bem tratados, independente se forem cachorros ou bois, por exemplo.

    Para os autores do estudo, isso indica que o entendimento da carne como uma necessidade alimentar é fruto de um condicionamento externo ao ser humano, e não algo orgânico com o qual nascemos. Além disso, os pesquisadores acreditam que é preciso, com base nisso, reconsiderar a forma como se dá a relação entre humanos e animais.

    A estudante de Biologia Maria Eduarda Fonseca, 20 anos, que é vegetariana desde os 11, vê o estudo como algo promissor. “Essa sensibilidade de crianças com a causa animal é  uma das chaves, se estimulada de maneira correta, para uma nova geração com maior empatia com a causa animal e consequente redução ou parada de consumo de produtos que são feitos com base na exploração deles”, defende.

    Maria Eduarda lembra do momento em que começou a refletir sobre o consumo de animais, com apenas 7 anos: “Na época, eu amava coração de galinha, mas nunca parei para refletir sobre do que ele era feito. Quando minha mãe falou que era realmente o coração da galinha, eu fiquei em choque e sem entender por que os adultos consumiam animais, igual o cachorro que a gente tinha em casa ou a nossa calopsita. Desde então,  nunca mais comi nenhum coração”, recorda.

    Aos 11, diante de um joelho de porco, ela tomou a decisão de não comer mais carne, mesmo sem conhecer a fundo toda a questão animal e ambiental envolvida. “Eu não entendia qual era a diferença de bois e porcos para cachorros e gatos e por que era aceitável comer uns e não outros”, completa Maria Eduarda.

    A também estudante Éthel Leick, 19 anos, se tornou vegetariana aos 13 anos, após assistir a um documentário. “Esse documentário, se eu não me engano, aborda a questão ambiental também, só que eu não vi até o final porque eu fiquei chorando muito”, diz ela sobre a descoberta de que a carne que ela consumia era produto do abate de animais.

    Em 2020, com 17 anos, Éthel aderiu ao veganismo, abandonando o consumo de qualquer produto derivado da exploração animal. Contudo, ela reforça que essa decisão, ao contrário da anterior, foi tomada mais com base em questões ambientais do que animais, além de motivos de saúde. “Quando virei vegana eu realmente comecei a comer melhor, comecei a me sentir mais disposta e fiquei muito feliz com a minha decisão”, conclui.

    Segundo o Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos, o consumo excessivo de carne vermelha aumenta em 26% o risco de doenças cardiovasculares, diabetes, diversos tipos de câncer e infecções. Além disso, o Painel Intergovernamental Sobre Mudanças Climáticas da ONU (IPCC) aponta o consumo de carnes e laticínios como grande responsável pela intensificação das emissões de gases de efeito estufa. No Brasil, o rebanho bovino responde por 17% das emissões.

    Segundo a ONU, 14,5% das emissões de gases oriundas da atividade humana são causadas pela pecuária, que é a maior responsável pela erosão de solos e contaminação de mananciais no mundo. Além disso, para cada quilo de carne são necessários 16 mil litros de água na produção, de acordo com a ONU Water Report.

    O Brasil é o quinto país que mais consome carne no mundo. São 78kg por ano de consumo per capita. O País abate mais de 10 mil animais terrestres por dia para consumo humano. Apesar disso, a última pesquisa realizada no Brasil, de 2018, revelou que 14% da população brasileira se declara vegetariana, um aumento de 75% em relação a 2012. Ao todo, são 30 milhões de brasileiros vegetarianos. Além disso, 55% afirmam que consumiriam mais produtos veganos se isso estivesse melhor indicado nas embalagens.

    Segundo dados do Google Trends, as buscas pelo termo “vegano” crescem de duas a três vezes por ano, com expectativa de continuidade. Além disso, a expectativa de empresários ouvidos por reportagem na Folha de São Paulo é de que o mercado de produtos vegetarianos e veganos cresça cerca de 40% ao ano.

    Maria Eduarda Fonseca afirma que, desde que parou de consumir carne, observou boa parte do crescimento desses movimentos ao seu redor. “Antes eu não conhecia pessoas que eram vegetarianas ou veganas e tinha muito preconceito. Opções vegetarianas em restaurantes eram  basicamente inexistentes, o que dirá veganas. De uns quatro anos para cá passei a conhecer muitos novos veganos e vegetarianos, e muitos restaurantes possuem ao menos uma opção vegana ou vegetariana no cardápio”, comenta.

    Éthel Leick também vê ao seu redor uma redução do espanto que as pessoas tinham anteriormente com quem não se alimenta de carne ou derivados de animais.

    “Existem muitas alternativas veganas e vegetarianas que substituem a carne e são igualmente ou ainda mais gostosas que as com carne. A realidade é que consumir carne é  uma escolha, e não uma necessidade”, completa Maria Eduarda.

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