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    Empreendedorismo

    Ações empreendedoras promovem transformação social em comunidades capixabas

    Por Redação WHPPR29 de julho de 2022Leitura de 8 minutos
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    Por Nicolas Nunes, participante da Oficina de Jornalismo realizada pelo WhitepaperDocs em parceria com o Sebrae-ES


    As comunidades capixabas são sinônimo de cultura, de história e também de empreendedorismo. E ao contrário do perfil mais comum mostrado em filmes e séries – geralmente retratando o empreendedor como homem branco -, nas comunidades e regiões periféricas capixabas as ações empreendedoras são protagonizadas por mulheres pretas, jovens e mães de família.

    O empreendedorismo tem o poder de transformar vidas como a de Katia de Jesus, 32 anos, moradora do bairro Santa Rita, em Vila Velha. Ela passou a pandemia desempregada e sem conseguir sustentar os seis filhos. Após participar de uma oficina de audiovisual, realizada pela Central das Comunidades (CDC), Katia conseguiu mudar a própria realidade e agora é a provedora da casa.

    “A Central das Comunidades me conheceu no pior momento da minha vida. Eu já estava desempregada havia dois anos, por causa da pandemia, e estava sem perspectiva, porque eu tenho estudo, mas não conseguia arrumar um emprego. Eu já não tinha ânimo para mais nada, achava que a vida não tinha mais sentido, mas, depois que entrei na CDC, tudo mudou. Hoje eu sou a provedora do meu lar, da minha própria casa. Eu vi se abrir na minha frente um leque de oportunidades, enxerguei que eu posso ser o que eu quiser”, comentou Katia.

    A capacitação de renda em núcleos vulneráveis tem o objetivo de mostrar que todos podem empreender, inclusive apontando caminhos para viabilização de investimentos por meio de entidades como a Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo (Aderes). 

    A CDC, que começou as atividades em 2002 e tem sede em Vila Velha, realiza eventos culturais para promover o desenvolvimento social e econômico em comunidades capixabas, distribui cestas básicas em todo o Estado e realiza oficinas de audiovisual para estimular o empreendedorismo dos moradores de comunidades.

    “Eu não imaginei que a oficina teria um impacto tão positivo na minha vida. Eu entrevistei pessoas importantes, como candidatos a deputado, e o meu trabalho bombou nas redes sociais quando foi publicado. Meus vizinhos ficaram super empolgados e até os meus familiares, que me disseram que aquilo era só mais um cursinho que não ia me ajudar a sustentar meus filhos, viram o meu sucesso”, contou Kátia.

    A oficina da qual Katia participou teve início no dia 15 de março, na Praça da Cultura, no bairro Ilha das Flores, em Vila Velha, e foi realizada em parceria com a Prefeitura Municipal de Vila Velha (PMVV) e o Sebrae-ES, que ofereceu um plano complementar de capacitação.

    O projeto, que foi dividido em sete eixos de atuação, permitiu que moradores de zonas periféricas de Vila Velha aprendessem a utilizar ferramentas necessárias para atuar no mercado audiovisual, como também produzir conteúdos como reportagens.

    Hub “Capixaba sem fome” garantiu a alimentação de comunidades quilombolas, aldeias indígenas e moradores de rua durante a pandemia

    A Central das Comunidades teve origem em 2002, durante movimentos comunitários no bairro Bela Aurora, em Cariacica, onde alguns jovens se uniram para realizar atividades culturais.

    “Tudo foi liderado pelo Marcelinho (Marcelo Siqueira), que hoje é o presidente da associação. Com o passar do tempo ele percebeu a necessidade de criar uma associação, para poder alavancar aquele movimento e trazer mais formas de progresso através dos jovens, por meio de oficinas culturais e de recursos captados junto ao poder público. Então em 2007 foi fundada a CDC, mas ela já existia como organização espontânea de membros da comunidade antes mesmo de se tornar institucionalizada”, conta João Campoi, diretor da CDC.

    Campoi contou que, durante a pandemia, a Central das Comunidades distribuiu 100 toneladas de alimentos, por meio do hub chamado “Capixaba sem Fome”, que contava com a união de quatro Organizações Não Governamentais (ONGs).

     “Entregamos alimentos em Muniz Freire, Linhares, Colatina, São Mateus, nas aldeias indígenas de Aracruz, em comunidades quilombolas, e também ajudamos pessoas em situação de rua e projetos sociais. Nós distribuímos muito, muito alimento mesmo, foram dois anos de intensos trabalhos”, relatou.

    Durante a pandemia, a CDC distribuiu alimentos e artigos de higiene em municípios de várias regiões capixabas, incluindo aldeias indígenas, comunidades quilombolas e também para pessoas em situação de rua.

    Porém, João faz um alerta: “Essa é uma hora emergencial para falar do trabalho que nós realizamos durante a pandemia, porque as doações pararam. Não estamos recebendo mais nada de ninguém, nem dos nossos parceiros. As comunidades estão nos procurando, pedindo alimentos, e não estamos conseguindo ajudar, porque há aproximadamente seis meses as doações cessaram. Então, quem quiser ajudar, seja em grupo ou individualmente, pode nos procurar através do nosso perfil no Instagram, @cdccentraldascomunidades”.

    Coletivo Abatyba une juventude de João Neiva por meio de ações culturais

    As iniciativas de empreendedorismo em comunidades vão longe no Espírito Santo. Em João Neiva, município localizado no Norte do Estado, que conta com aproximadamente 16 mil habitantes (IBGE/2021), um grupo de jovens realiza, desde 2014, atividades culturais e oficinas na praça e no cineclube da cidade.

    João Vitor Castro, coordenador-geral da associação, contou ao WhitepaperDocs que a associação já está na segunda geração de colaboradores: “O Abatyba surgiu de maneira informal, com jovens que se preocupavam com a segurança e com a cultura de João Neiva, então eles se uniram e começaram a captar recursos para viabilizar as atividades. Com o tempo, esses jovens cresceram e precisaram se ausentar do coletivo. Quando tive a oportunidade de coordenar a associação, enxerguei a necessidade de criar uma identidade para o Abatyba, porque ele não tinha sede e nem uma imagem que o simbolizasse. Hoje nós temos uma sede, uma identidade visual sólida e produzimos conteúdo, tudo isso sem deixar de lado a parte social e cultural”, explica.

    O Coletivo Abatyba existe em João Neiva desde 2014 e é fruto da reunião de jovens preocupados com a cultura, a segurança e o bem-estar dos moradores da cidade (Divulgação)

    Após olhar para o passado e se transformar, o grupo de jovens do Coletivo Abatyba auxilia empreendedores locais e produtores culturais com peças audiovisuais, e também lança um olhar para o futuro.

    “Eu acho que direitos humanos é uma pauta do futuro. Falar de diversidade, de gênero e respeito aos outros é falar do futuro e do que nós almejamos daqui para frente. Em João Neiva estamos atrasados nesse quesito. Mas eu enxergo que a galera mais jovem está se conectando por conta disso, eu sinto que está todo mundo mudando, e em João Neiva não é diferente, comenta João Vitor.

    O Abatyba conta cada vez mais com novos integrantes, como é o caso da Maria Luisa Ferreira, de 20 anos, que participa do projeto há 4 meses.

    “Eu entrei a convite da namorada do João Vitor, que é minha amiga. A cara do Coletivo Abatyba é o social, a comunidade, é todo mundo junto. Estamos focados principalmente no audiovisual, com oficinas de design gráfico, marketing, edição de fotos e vídeos”, disse.

    Outras iniciativas de empreendedorismo em comunidades capixabas

    Atuando em comunidades de Vitória desde 1999, o Instituto Mão na Massa é uma organização não governamental (ONG) que estimula o empreendedorismo em vários núcleos presentes em bairros como Jesus de Nazaré e Itararé. O instituto assiste famílias dessas comunidades com doação de alimentos e oferece cursos de corte e costura, artesanato, pintura, culinária, unha de gel, fotografia, crochê e vários outros que são ministrados por voluntários da associação.

    “Para muitas pessoas das comunidades, a vida é difícil, e piorou depois da pandemia. Muita gente precisa ter uma fonte de renda e, com o aprendizado que obtém nas nossas oficinas, elas confeccionam produtos para vender e ajudar a pagar as contas dentro de casa. Esse é o trabalho do instituto”, explicou Luciana Ribeiro, de 62 anos, que faz parte da diretoria da associação.

    Além disso, o Instituto Mão na Massa também oferece serviços de advogados, assistentes sociais e até ajuda em conflitos familiares. Por meio do Sebrae, a ONG também oferece mentorias para membros das comunidades: “O Sebrae nos deu a vara e nos ensinou a pescar depois. E nós aprendemos isso. Agora, proporcionamos as condições favoráveis para que as pessoas comecem a trabalhar e damos mentoria para que a pessoa trabalhe bem”, disse Luciana.

    O Instituto Mão na Massa existe desde 1999 e estimula o empreendedorismo por meio de núcleos presentes em comunidades da Grande Vitória.

    Iniciativas locais também produzem bons frutos, ou melhor, produzem as “Delícias da Gê”, que são comercializadas por Geilsa Barbosa, de 36 anos, uma colaboradora da Associação das Micro e Pequenas Empresas e dos Empreendedores Individuais da Grande Central Carapina (Ampe), na Serra.

    Moradora do bairro há aproximadamente 15 anos, a empreendedora conta que já produzia e comercializava salgados de porta em porta no bairro, mas que há dois anos teve a oportunidade de realizar um curso de panificação com a associação.

    “Hoje eu consigo ver o dinheiro sobrando, e a minha renda vem toda dos meus doces”, disse Geilsa, colaboradora da AMPE.

    “Eu aperfeiçoei as minhas técnicas de panificação nesse curso oferecido pela AMPE por meio do Sebrae e comecei a empreender na área da comercialização de doces. Hoje a minha renda vem toda do meu empreendimento, eu e o meu esposo conseguimos pagar as contas e ainda guardar dinheiro”, contou.

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