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    Fazendas urbanas e verticais: alternativa para reduzir os impactos ambientais da agricultura

    Por Redação WHPPR2 de agosto de 2022Leitura de 6 minutos
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    Por Camila Borges, participante da Oficina de Jornalismo realizada pelo WhitepaperDocs em parceria com o Sebrae-ES


    Os impactos ambientais provocados pela ação humana são tema de discussões intensas em grandes convenções mundiais, principalmente nos últimos 50 anos. Os países têm discutido e buscado soluções para os grandes desafios da humanidade em relação à questão ambiental: mudanças climáticas, agricultura sustentável, energias limpas e segurança alimentar, por exemplo.

    Sabe-se que a agricultura é um dos setores que mais utiliza recursos naturais, principalmente água e solo.  De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a agricultura é o setor responsável por consumir a maior quantidade de água no mundo, utilizando uma média de 70% de toda a água disponível. Conforme as projeções da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), o consumo de água no Brasil, incluindo todos os segmentos, deve aumentar em 24% até 2030, e esse aumento se dará impulsionado pelo setor agropecuário.

    Dentre outras soluções, as fazendas urbanas e verticais foram idealizadas com o objetivo de tentar reduzir os danos provocados pelo agronegócio. O termo fazenda vertical foi cunhado pela primeira vez em 1999 pelo biólogo Dickson Despommier, da Universidade de Columbia, em Nova Iorque.

    Fazendas verticais são espaços destinados à produção de alimentos em camadas verticais, próprios para grandes centros urbanos que não possuem mais espaço suficiente para a agricultura tradicional. Despommier incentiva a instalação desse modelo como uma alternativa para erradicar a fome.

    As vantagens desse modelo são a possibilidade da integração de tecnologias renováveis (painéis solares, turbinas eólicas, sistemas de captura de água etc.) e a redução da emissão de carbono atmosférico e custos energéticos, visto que, por já estar dentro da cidade, o transporte de alimentos aos consumidores.é facilitado. Além disso, diminui a necessidade de adquirir novas terras agrícolas, o que proporciona a economia de recursos naturais, ameaçados de desmatamento e poluição.

    Toda fazenda vertical é urbana, mas nem toda fazenda urbana é vertical. É possível criar ambientes artificiais hermeticamente fechados, com tecnologias próprias para o cultivo nas cidades, sem necessariamente ser uma estrutura vertical. É o caso da Cooltiva, fazenda urbana localizada na cidade de Vitória, no Espírito Santo.

    Luiz Gustavo e Hanna Leocadio, sócios da Cooltiva, produzem verduras no sistema hidropônico em sua fazenda urbana localizada na Praia do Canto, em Vitória (Divulgação)

    Fazenda Urbana em Vitória

    Nas estufas da Cooltiva, localizadas no bairro Praia do Canto, em Vitória, é possível ver uma plantação diferente do convencional, pois não há solo algum. As folhas de alface, agrião, espinafre, manjericão, beterraba, mostarda, coentro e couve são cultivadas na água. A esse sistema dá-se o nome de hidroponia. 

    As raízes das plantas ficam dentro de um sistema suspenso que possui água abastecida com uma solução nutritiva que alimenta as plantas. A solução que fica dentro da água reproduz o que na agricultura tradicional seria encontrado no solo.  Por meio dessa tecnologia, pode haver uma redução de até 90% do consumo de água em relação ao cultivo no solo. O sistema utiliza a luz solar natural e necessita de ventiladores no local para épocas do ano em que as temperaturas estão mais altas. 

    A advogada Hanna Leocadio e o engenheiro químico Luiz Gustavo Leocadio se mudaram do Rio de Janeiro para Vitória durante a pandemia. Quando chegaram à capital capixaba, sentiram falta de alguns produtos que encontravam com facilidade no Rio, mas que por aqui eram mais difíceis de conseguir. A partir daí tiveram a ideia de montar um negócio e, após algumas pesquisas, decidiram pelo modelo de uma fazenda urbana agregada a um mercado onde vendem produtos naturais e orgânicos.  

    “O produto é muito fresco, porque nós colhemos para o cliente na hora. Então esse lapso temporal de sair do produtor, passar pelo centro de distribuição e chegar até nós não existe mais. Com isso, a gente acaba reduzindo a emissão de gases, pois não é necessário transporte”, contou Hanna sobre as vantagens do modelo. 

    Produto fresco, colhido na hora, direto para o consumidor: vantagens das fazendas urbanas para o meio ambiente incluem redução da emissão de carbono, pois não há transporte do interior para as grandes cidades, e menos consumo de água no cultivo (Divulgação)

    Nos últimos tempos, a Cooltiva tem recebido grupos de crianças para visitar a estufa e conhecer a produção dos alimentos. O passeio é enriquecedor pois permite que desde cedo os menores tenham a possibilidade de semear, regar e colher as hortaliças e serem estimulados a consumir também. 

    Segunda Hanna, a visita resulta em vários aprendizados: “As crianças se permitem experimentar a folha. Eu sempre falo que elas não vêm aqui para experimentar nem para comer, elas vêm para se divertir. Experimentar a folha é uma consequência da atividade. Ela vai na estufa, ela vê uma alface pequena, ela vê uma alface grande, ela toca, ela cheira o manjericão. Então esse processo desperta naturalmente nelas o desejo de provar os alimentos”, afirmou.

    Produção orgânica

    Os proprietários tomaram a decisão de não utilizar agrotóxicos, e essa escolha requer um controle sanitário maior, higienização de mãos e pés dos visitantes, dentre outros cuidados para que as pragas não se proliferem. Por ser um ambiente controlado, é mais fácil manter uma produção agrícola livre de agrotóxicos nesses espaços. Os vegetais não ficam tão expostos às mudanças climáticas ou mesmo à ação de insetos 

    A agricultura livre de agrotóxicos traz desafios, principalmente quando se quer produzir em larga escala. No entanto, faz parte da proposta do empreendimento oferecer produtos naturais e orgânicos para o consumidor. Para auxiliar na logística da plantação, o casal conta com uma consultoria e dois engenheiros agrônomos que preparam a solução nutritiva e acompanham o desenvolvimento das plantas. 

    A meta é proporcionar uma experiência única para os clientes: “Nosso objetivo é que a pessoa venha aqui para ter uma experiência. Não queremos ser só um lugar em que ela vai comprar uma berinjela, por exemplo. Queremos que ela possa trazer o filho, que ela dê ao filho dela essa experiência de saber de onde vem a comida. Queremos que ela encontre aqui os produtos do dia a dia  e que consuma aqui os produtos que acabaram de ser colhidos. Também fazemos aulas de ioga, pois o objetivo é criar um estilo de vida mais saudável como um todo”, concluiu.

    Caso o cliente deseje visitar a estufa, em especial,  é necessário agendar um horário. Para mais informações, acesse o Instagram da Cooltiva (@cooltiva.fazendaurbana).

    Estufa da Cooltiva na Praia do Canto (Divulgação)

    agro Cooltiva Fazendas urbans Fazendas verticais
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