Por Ebran Huntington, participante da Oficina de Jornalismo realizada pelo WhitepaperDocs em parceria com o Sebrae-ES
Pensar fora da caixa e saber inovar. Esses foram temas importantes abordados na oficina “Cultura Ágil: como implementar e quais os ganhos para as empresas”, ministrada pelo especialista em inovação Luiz Felipe Macena, que abriu o espaço Rocket do Startup Experience, realizado pelo Sebrae-ES em parceria com a Mobilização Capixaba pela Inovação (MCI) nesta quarta-feira (23).
Macena abordou a transformação digital ocasionada pela internet e como a revolução que isso tem causado impacta na forma de consumir, comprar, viver, se relacionar e estudar. O palestrante trouxe conceitos de inovação e pontos essenciais sobre como as empresas devem atuar diante desse novo cenário neste mundo contemporâneo.
“A inovação sem resultado, sem aumentar a eficiência ou competitividade, nada mais é do que uma invenção. Se eu criei alguma coisa que não melhorou nada, que ninguém usa, que não melhorou um processo e não entregou um resultado, é apenas uma invenção, e não inovação”, diz.
O manifesto ágil foi outro ponto apresentado. “O manifesto é o pai da agilidade. Nele precisamos ter o sentido de colaboração, de cliente. E finalizamos a oficina falando de fato sobre a gestão ágil. É possível aplicar esses conceitos de agilidade que nasceram do mercado digital em todos os negócios”, disse.
A criatividade e a busca por novos caminhos também foram ressaltados por Macena. Outro assunto apresentado e que ganhou destaque foi o incentivo à prototipação.
“Conseguir colocar em prática é o resumo do conceito ágil. Você errar de forma rápida e barata. ‘Ah, eu tenho uma ideia. Como saber se isso é barato ou não?’ Prototipa! Faz de papelão, no PowerPoint, e testa! Dali já haverá um feedback. É melhor do que construir um produto para daqui a seis meses você ver que não era nada daquilo. Então isso é a base do pensamento ágil. Teve uma ideia? Faz o protótipo e testa. Se deu certo, segue. Se não deu, volta. E esse ‘não deu’ não é errar ou fracassar. É melhor entender que algo não dá certo em uma semana do que em seis meses”, explica.
Os espaços Rocket e Start, dentro do Startup Experience, contaram com diversas outras oficinas voltadas para o empreendedorismo de inovação. Confira:
Como transformar suas redes sociais em máquinas de vendas
A oficina “Como transformar suas redes sociais em máquinas de vendas” foi ministrada pelo presidente-executivo da Growth Venture, Sérgio Estevam. O palestrante abordou a jornada do cliente, a estratégia de crescimento de alcance para Instagram, processos de vendas e criação de conteúdo, e apresentou quais são as ferramentas necessárias para se criar uma máquina de vendas.
Para Estevam, “as redes sociais são um canal de vendas. Existem várias formas de vender, mas as redes sociais possibilitam a expansão de qualquer produto ou serviço”.
Cultura Data Driven: Power BI como ferramenta estratégica para tomada de decisão
O analista de CRM sênior Thiago Tavares abordou o data driven, que consiste em processos orientados a dados. Ele deu um exemplo de que dentro de uma organização existem muitos processos. Há o de marketing, vendas, aquisição, contratação, entre outros. Todos eles têm características específicas, que quando são documentadas e organizadas corretamente, podem ser usadas para tomadas de decisões.
“Quando esses dados são reunidos, as pessoas saem do ‘eu acho que’ para ‘os dados mostram que’. ‘As informações indicam que nosso crescimento foi de tantos por cento porque fizemos uma estratégia de aquisição voltada para as redes sociais’. Os índices mostram isso. Não é uma pessoa com achismos”, exemplifica.
Como estruturar um modelo de partnership
A palestra sobre modelos de partnership e distribuição de participação societária foi introduzida com a importância de distribuir participação para pessoas-chave do negócio e por que isso não é um modelo perene e eterno. Principalmente porque na jornada de uma startup existe uma variação ao longo do tempo por conta da necessidade. Sendo assim, em um determinado momento faz sentido ter um sócio, mas em outro não.
Marketing de performance: como mensurar resultados de campanhas no digital
A media performance analyst Laisa de Souza Silva apresentou formas de mensurar campanhas feitas pelo meio digital, como as realizadas no Facebook e Google. As métricas de negócios também foram abordadas. “É preciso que as pessoas entendam sobre métricas de conversão, onde encontrar seu cliente, qual cliente realmente importa e entender se a campanha realizada está trazendo ganhos”, afirmou.
“Quando falamos de digital, é bem comum termos vários exemplos de diversas pessoas que compartilham ideias e divulgam produtos, mas às vezes eles esquecem do mais importante: entender como uma campanha impacta o negócio”, destaca Laisa.
Growth Hacking: implementando estratégias de crescimento exponencial
O empresário Rodrigo Lomeu destacou o growth hacking. Nessa metodologia de trabalho, os empreendedores devem focar no problema principal e buscar soluções de como vencê-lo. Com isso, vem a aprendizagem com base no sucesso e também nos momentos em que não há.
Além disso, o empresário destaca que esse método é essencial para empresas de diversos setores porque ele ajuda no crescimento da base de clientes e também em sua retenção.
UX: Experiência do usuário como estratégia de fidelização do cliente
A mindsetter Fernanda Sabra falou sobre a experiência dos clientes e estratégias para sua fidelização. De acordo com ela, isso é fundamental para construir um produto ou serviço. “Apresentei conceitos básicos de como colocar o cliente no centro quando se constrói um produto ou serviço. Apontei o que o empreendedor deve priorizar para que o problema do cliente realmente seja resolvido, e com isso ofereça uma melhor experiência de baixo atrito, maior agilidade, que realmente cumpre com o objetivo que aquele produto ou serviço se propõe”, disse.