Por Thálita Sampaio, participante da Oficina de Jornalismo realizada pelo WhitepaperDocs em parceria com Sebrae/ES, MCI e FindesLab.
O empreendedorismo social está cada vez mais presente nos debates de inovação, como uma forma de enfrentar desafios sociais e econômicos. Durante a quarta edição do ESX, realizada de 14 a 16 de junho pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Espírito Santo (Sebrae/ES) e pela Mobilização Capixaba pela Inovação (MCI), com correalização da Fundação de Apoio à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes) e do governo do Estado do Espírito Santo, o tópico foi debatido na palestra “Empreendedorismo Social: Como promover inovação com impacto social e econômico”, na Arena do Conhecimento, com o fundador da Central Única das Favelas (Cufa) e CEO da Favela Holding, Celso Athayde.
Para Celso Athayde, o maior desafio encontrado para a inclusão social no ecossistema de inovação é a democratização da informação. “Empreender com informação traz dificuldades, mas sem informação, as chances de falir um empreendimento são muito maiores”, explicou.
O palestrante também destacou que a favela possui um potencial diverso de pessoas que embarcam neste caminho de empreendedorismo de uma maneira empírica, ou seja, as habilidades nesta área são desenvolvidas pela vivência. Para que a potencialização desses empreendedores e colaboradores ocorra, é necessária a aproximação entre o asfalto e a favela.
“Precisamos fazer com que o asfalto entenda melhor e respeite o que a gente faz. É preciso fortalecer e reforçar que as pessoas que estão nesses ambientes inovadores também são de favela. Elas precisam reconhecer que esses espaços também são espaços delas. Ou a gente divide com a favela a riqueza que ela produz, ou a gente divide a miséria que o asfalto vai continuar produzindo”
Celso Athayde, fundador da Cufa e CEO da Favela Holding.Rebecah Sampaio, educadora social do Instituto RedeAbba, destaca que debater assuntos como estes sensibilizam o olhar da população. “É uma possibilidade para conhecer outras trajetórias e entender como é difícil, mas como é possível também. Eu acho que motiva a gente a continuar fazendo, porque é desafiador, mas ao mesmo tempo recompensante!”, disse.