Por João Vitor Castro, participante da oficina de Jornalismo Innovation Writing, realizada pelo WhitepaperDocs em parceria com Sebrae-ES, Sicoob e Hub Fucape.
Uma das expositoras do ESX 2021, o maior evento de inovação do Espírito Santo, a startup capixaba Wepipe, criada em fevereiro deste ano pelos sócios Felipe Barelli, Bernardo Simonassi e Cairo Hoffman, atua na automação de processos para empresas de todo tipo. “A startup surgiu de uma insatisfação minha com as ferramentas de gestão e automação de processos”, revela Barelli, 33 anos, graduado em Ciência da Computação e pós-graduado em Engenharia Elétrica e Ciência de Dados.
Segundo ele, quando trabalhava em uma grande startup, com atuação no Brasil e na Europa, percebeu uma insatisfação generalizada com as ferramentas disponíveis para a gestão de processos empresariais. Felipe conta que a maioria dessas ferramentas não se encaixava nas necessidades das empresas brasileiras, e a alta do dólar tornou a situação ainda mais difícil para pequenas e médias empresas.
“Aí a Wepipe surgiu como uma proposta, uma alternativa nacional de sistema de gestão de processo focada no mercado nacional, não só na precificação, mas nos recursos que os empresários brasileiros procuram nessas plataformas”, afirma o CEO. Ele também conta que o projeto iniciou enquanto ele ainda trabalhava na empresa anterior, e após seis meses estava criado o MVP (Produto Mínimo Viável), ou seja, a versão mais simples lançada com o mínimo de esforço e desenvolvimento.
“Eu sempre gostei bastante de tecnologia, desde muito novo, então eu comecei a programar quando eu tinha 12, 13 anos e a tecnologia está muito ligada à inovação, então desde cedo eu descobri as linguagens de programação, as ferramentas”, conta o empresário. Segundo ele, sua trajetória como empreendedor surgiu desse interesse e da vontade de solucionar problemas que foi percebendo ao longo do tempo.

Devido à experiência que Felipe e os outros sócios já possuíam no mercado da inovação, eles não precisaram passar por mentorias ou outros processos que antecedem o início das atividades de boa parte das startups. “Como eu sempre fui muito presente no mercado de inovação, já trabalhei em aceleradora, sempre gostei de participar de evento de inovação, eu já me sentia muito seguro para começar a empresa e tocar todo o produto. A gente não teve mentoria para esse projeto, mas eu fui bastante mentorado em outros projetos que tive anteriormente”, conclui.
O serviço ofertado pela Wepipe é um software as a service, ou seja, um software no qual a empresa se responsabiliza por toda a estrutura e sistema, e o cliente utiliza a plataforma via internet. “O cliente acessa nosso site, escolhe um plano, assina e começa a usar instantaneamente nosso produto. Então ele cria uma conta e a partir desse momento ele pode ou aprender via tutoriais ou até mesmo na própria interface, que é bastante intuitiva”, explica Barelli.
Hoje a empresa conta com dois colaboradores, além dos três sócios, e pretende montar em 2022 uma equipe de marketing e uma comercial, além de expandir a já existente equipe de tecnologia. Segundo o CEO, em menos de um ano já são mais de 500 empresas em todo o Brasil utilizando a plataforma.
Segundo Felipe Barelli, a ferramenta da Wepipe é utilizada por algumas startups da Grande Vitória. “É muito legal ver o ecossistema se ajudando, ver empresas que estão começando comprando e consumindo produtos e serviços de outras empresas que também estão começando. Então a gente teve muito apoio não só dessas startups, mas também de hubs e aceleradoras que experimentaram nosso produto não para incubar ou acelerar a gente, mas com vontade de conhecer, de indicar e de incentivar a gente a crescer dentro do ecossistema do Espírito Santo”, acrescenta.
A Wepipe e as outras 17 startups capixabas que estão expondo no ESX ficarão até o final deste domingo, quando termina o evento, com entrada gratuita na Praça do Papa. A programação completa pode ser acessada no site www.esx2021.com.br.